29.7.05

Ai, meu lindo Agosto

Toda a gente anda a correr para as férias.
Faz o trabalho, a correr.Dorme, a correr.
Stressa o dobro, pra correr para Agosto!
Já estou a imaginar, as estradas recheadas de automóveis!
Automobilistas a correr para descansar!
As praias sem espaço para as toalhas!
e para onde seria? ORA... para onde seria...
e eu que sou de lá não tenho outro remédio senão ir em Agosto!
e tudo culpa do palápadentro!
Ai, meu lindo Agosto...

MAS...
Algo de muito bom acontecerá em tão bela terra moura!
In tomato beach, ladies and gentleman:
The one
the only
Jay Kay

3 comentários:

Anónimo disse...

E o nome é Tximpalápadentro.

Vamos ao comentário:

Do piorio, do piorio é gramar com os restaurantes cheios de famílias numerosas, cada um com o seu cheiro a leite hidratante After Sun Lóreal e pele muito brilhante; gramar com os vários dialectos e expressões como: "ça marche?!" ou "dans lá France il n'a pas de caracóis." ou ainda pior, aqueles portugueses com sotaque anasalado que dizem que "o Bush é qu'é bom!!" a tentar mostar que não são de cá proferindo frases como: "Come on João!! We are late to the Aquaparque!!" Isto sem falar da visão quase estonteante a ponto de causar náuseas dos Peugeot 206 roxos, amarelos, verdes, pretos, azuís celeste, mas todos MUITO TUNNING que circulam (bem devagar e com música muito alta) naquelas estradas já por si sobrelotadas. E quando nós julgávamos que não podia piorar, eis senão que surge a epopeia da ida à praia!!
Calças os chinelos, vestes a T-shirt e os calções, olhas pela janela a ver como está o tempo e dizes para contigo mesmo:"Bute lá."
Saís de casa, começas a caminhar e tropeças no puto de 90 cm a contar do chão que não viste porque o ruído que a família estava a fazer chamou-te à atenção. Depois do pedido de desculpa aos pais que têm uma cara tão alienada que nem parece que ouviram; continuas a caminhar desviando-te das pessoas
que preenchem o passeio, aproximaste de uma esquina e estavas de tal forma distraido com o teu mp3 que nem reparas na arca frigorífica que se aproximava dependurada na mão do puto que tinha a mania de que podia com a arca e, ao desviares da arca tens logo de seguida de te baixar pois o guarda sol que a mãe carrega está mesmo ao nível dos teus olhos e demasiado próximo.
Depois destes movimentos de que até o Bruce Lee se iria orgulhar, respiras fundo, sorris olhando para o chão e pensas: "Ai cum caralho. Isto não vai ser fácil." E continuas a tua caminhada de cabeça erguida como um condenado orgulhoso que caminha de encontro com o pelotão de fuzilamento; esta atitude de caminhar de cabeça erguida apesar de digna e nobre é muito imprudente e apercebo-me disso quando sinto o chinelo a deslizar na calçada e penso logo de seguida:" Eh pá não!!!" Encho-me de coragem e decido olhar para o chão deparando-me com a imagem do meu chinelo do pé direito com um ligeiro pedaço de merda de cão na orla do chinelo, sabendo à partida que o grande grosso estaria por debaixo. Procuro o primeiro pedaço de relva que possa encontrar, mas, deparo-me apenas com cimento à minha volta, a única relva que existe num raio de 200 metros está no meio da rotunda que, por sua vez, está repleta de carros com os vidros abertos e pessoas dentro dos carros com muito má cara porque estão fartas de estar na fila para a praia. "Olha, que se foda!" digo para comigo mesmo e dirijo-me ao primeiro tapete de entrada de casa (ou prédio) que possa encontrar e limpar o chinelo para poder caminhar sem levantar suspeitas de qualquer odor fétido que me possa ser associado.
Vejo que estou a poucos metros da praia e continuo a caminhar com um ar mais sobranceiro, mas, a música!! Meu deus!! A música!! A música que saí daquelas colunas viradas pá praia!! Deve ser do álbum Now Dance 34 (remixed by Frank Maurel) e logo de seguida penso: "Cum filha da puta de vida a minha! O que é que e vou fazer? Já sei! Vou tomar café!" Tomo café ao balcão porque as mesas estão cheias o que já por sí é mau, pago 60 cêntimos por um café Grão de Ouro queimado e cheio de borra e saio dalí antes que me passe da cabeça. Começo a suar e eis que chega a Martelada ao pé de mim e diz: "Atãmoço? Demoraste tanto tempo porquê? Anda embora que a água tá um espectáculo." E então eu penso: "Pelo menos isso, pelo menos isso."





Nota: de reparar que eu digo muitas asneiras quando penso comigo.

Qualquer semelhança com a realidade é pura ficção causada pela falta de alcoól no sangue.

Anónimo disse...

Tximpalápadentrozinho, para já, o café deve rondar os 70-80 cêntimos! Depois, não há assim tantos avecs, mas mais English people full of smiles! Depois, dou-te umas marteladas se não curtes o sol e o mar!

anges disse...

txim para ti só te digo isto....
santinho