Estava no outro dia sentada à minha secretária, quando me lembrei de um telefonema que tinha de fazer. Encontrei o número e marquei-o.
Respondeu um homem que disse: "Está?" Educadamente respondi-lhe: "Estou! Sou a Miss Pimps. Posso falar com a Sra. Anges, por favor?"
Ficou com uma voz transtornada e gritou-me aos ouvidos: "Vê lá se arranjas a merda do número certo, ó filho da pu**!" e desligou o telefone.
Nem queria acreditar que alguém pudesse ser tão mal educado por causa de uma coisa destas. Quando consegui ligar à Anges, reparei que tinha acidentalmente transposto os dois últimos dígitos.
Decidi voltar a ligar para o número "errado" e, quando o mesmo tipo atendeu, gritei-lhe: "És um grande parvalhão!" e desliguei. Escrevi o número dele juntamente com a palavra "parvalhão" e guardei-o.
De vez em quando, sempre que tinha umas contas chatas para pagar ou um dia mesmo mau, telefonava-lhe e gritava-lhe: "És um parvalhão!" Isso animava-me.
Quando surgiu a identificação de chamadas, pensei que o meu terapêutico telefonema do "parvalhão" iria acabar. Por isso, liguei-lhe e disse: "Boa tarde. Daqui fala da PT. Estamos a ligar-lhe para saber se conheceo nosso serviço de identificação de chamadas!" Ele disse "NÃO!" e bateu o telefone. De seguida liguei-lhe, e disse: "É porque és um parvalhão!"
Uma vez, estava no parque do Centro Comercial e, quando me preparavapara estacionar num lugar livre, um tipo num BMW cortou-me o caminho e estacionou no lugar que eu tinha estado à espera que vagasse. Buzinei-lhe e disse-lhe que estava ali primeiro à espera daquele lugar, mas ele ignorou-me. Reparei que tinha um letreiro "Vende-se" no vidro de trás do carro, e tomei nota do número de telefone que lá estava.
Uns dias mais tarde, depois de ligar ao primeiro parvalhão, pensei que era melhor telefonar também para o parvalhão do BMW. Perguntei-lhe: "É o senhor que tem um BMW preto à venda?" "Sim", disse ele. "E onde é que o posso ver?", perguntei. "Pode vir vê-lo a minha casa, aqui na Rua da Alegria, nº 36. É uma casa amarela e o carro está estacionado mesmo à frente." "E o senhor chama-se?..." perguntei. "O meu nome é Tximpa Lapadentro", disse ele. "E a que horas está disponível para mostrar o carro?" "Estou em casa todos os dias depois das cinco." "Ouça, Tximpa, posso dizer-lhe uma coisa?" "Diga!" "És um grande parvalhão!", e desliguei o telefone.
Agora, sempre que tinha um problema, tinha dois "parvalhões" a quem telefonar.
Tive, então, uma ideia. Telefonei ao parvalhão Nº 1. "Está?" "És um parvalhão!" (mas não desliguei) "Ainda estás aí?" ele perguntou. "Sim", disse-lhe. "Deixa de me telefonar!" gritou. "Impede-me", disse eu. "Quem és tu?" perguntou. "Chamo-me Tximpa Lapadentro", respondi. "Ah sim? E onde é que moras?" "Moro na Rua da Alegria, Nº 36, tenho o meu BM preto mesmo em frente, ó parvalhão. Porquê? "Vou já aí, Tximpa. É melhor começares a rezar", disse ele. "Estou mesmo cheio de medo de ti, ó parvalhão!" e desliguei.
A seguir, liguei ao parvalhão Nº 2. "Está?" "Olá, parvalhão!", disse eu. Ele gritou-me: "Se descubro quem tu és..." "Fazes o quê?" perguntei-lhe. "Parto-te a tromba!" disse ele. E eu disse-lhe: "Olha, parvalhão, vais ter essa oportunidade. Vou agora aí a tua casa, e já vais ver."
Desliguei e telefonei à Polícia, dizendo que morava na Rua da Alegria, Nº 36 e que ia agora para casa matar o meu namorado gay. Depois liguei para as cadeias de TV e falei-lhes sobre a guerra de gangs que se estava a desenrolar nesse momento na Rua da Descobertas.
Peguei no meu carro e fui para a Rua da Alegria. Cheguei atempo de ver dois parvalhões a matarem-se à pancada em frente de seis viaturas da polícia e uma série de repórteres de TV.
Já me sinto muito melhor!!
esta pikena estória é baseada em factos reais.
os nomes e moradas foram alterados para
protecção contra os parvalhões em questão